Os recursos aplicados à radiografia aprimoram a imagem dando suporte ao diagnóstico de infecções como a pneumonia, uma das complicações da covid-19, afirma Fabrízzio Soares, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE), a maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.
A radiografia é um dos exames de imagem mais rotineiros do Brasil: pode ser realizada em cidades de grande e pequeno porte. No entanto, muitos equipamentos fornecem resultados não confiáveis devido a problemas de energia, luz, comportamento do paciente ou habilidades do operador. Neste contexto, um grupo de pesquisadores integrado por Fabrízzio Soares, membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas e outros docentes da Universidade Federal de Goiás (UFG), está estudando algoritmos para melhorar a qualidade das imagens, principalmente do raio X do tórax, que dá suporte ao médico para diagnosticar várias doenças respiratórias, entre elas a pneumonia viral, uma das complicações da covid-19.
“Com a aplicação desses algoritmos conseguimos dar um bom ganho ao realce, ao contraste e ao brilho das imagens e, consequentemente, à visibilidade dos órgãos, aprimorando o suporte ao diagnóstico de infecções pulmonares”, explica Fabrizzio Soares. Em tempos de pandemia, esse aprimoramento é estratégico porque o raio X do tórax é um exame inicial que auxilia na investigação da pneumonia e da síndrome do desconforto respiratório agudo, que podem acometer pacientes com coronavírus.
Por meio da radiação ionizante, o raio X obtém imagens de diversas partes do corpo humano, auxiliando o médico a investigar, confirmar ou descartar suspeitas de várias enfermidades. Por ser de baixo custo, este tipo de equipamentos radiológico é amplamente disseminado no País, havendo inclusive aparelhos portáveis, que permitem o uso em consultórios, sendo ideal para áreas remotas, onde as pessoas não têm acesso a clínicas e laboratórios. “O raio X do tórax oferece as informações mais básicas para diagnóstico, porém está sujeito a ter imagens comprometidas por questões externas e os algoritimos podem auxiliar a corrigir estes problemas”, esclarece Fabrízzio Soares.
Entrevistas com o especialista ainda podem ser abordados temas como:
– Interação Humano Computador
– Realidade Virtual e processamento digital de imagens
-Visão computacional
Sobre o IEEE
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