Pesquisa do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) – maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade –
mostra como a inteligência artificial, a robótica, a realidade virtual e outras tecnologias são vistas pelos millenials para assegurar a saúde e bem-estar de suas famílias.
Levantamento envolveu dois mil pais, entre 24 e 39 anos, com pelo menos um filho de até 11 anos de idade no Brasil, Estados Unidos, China, Índia e Reino Unido.
Principais Resultados do Estudo no Brasil:
51% dos pais deixariam seus filhos sozinhos em casa aos cuidados de uma babá-robô em tempo integral;
73% dos entrevistados adotariam esse tipo de babá para ajudar seus filhos a fazer o dever de casa, aliviando o estresse relacionado à covid-19;
Metade dos pesquisados deixaria seus filhos sob os cuidados de um enfermeiro virtual equipado com inteligência artifical durante uma internação no hospital
O Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) – maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para a humanidade – acaba de divulgar o resultado do estudo internacional “Geração IA 2020: Saúde, Bem-Estar e Tecnologia em um Mundo Pós-covid”. A pesquisa revela a confiança que pais da geração Y com filhos da geração alfa (menores de 11 anos) podem ter na inteligência artificial e tecnologias emergentes para a saúde e o bem-estar de suas famílias. Foram ouvidos dois mil pais, de 24 a 39 anos, do Brasil, Estados Unidos (EUA), Reino Unido, Índia e China com pelo menos um filho da geração alfa. Em cada país, foram realizadas 400 entrevistas entre 25 de setembro a 6 de outubro de 2020.
Nascida entre 2010 e 2025, a geração alfa é considerada a faixa etária mais sintonizada com a tecnologia. As crianças desta geração estão crescendo e experimentando os benefícios da inteligência artificial para sua saúde e bem-estar. Para saber mais sobre como as tecnologias relacionadas à saúde e ao bem-estar estão beneficiando a humanidade, visite https://transmitter.ieee.org/health-wellness-2020.
Os pais dão as boas-vindas à ajuda do robô com cuidados infantis e dever de casa
A pandemia criou desafios estressantes para as famílias: os pais trabalham, gerenciam o aprendizado online de seus filhos e atendem às necessidades domésticas. Enquanto isso, a inteligência artificial está dando vida a robôs que se movem fisicamente, andam e falam, tornando-se mais hábeis em transmitir afeto e compaixão.
51% dos pais brasileiros deixariam seus filhos sozinhos em casa em tempo integral aos cuidados de uma babá robô. Nos demais países pesquisados a proporção é de 37% nos EUA, 54% no Reino Unido, 76% na Índia e 80% na China.
Em âmbito global, 66% dos pais adotariam uma babá robô para cuidar de seus filhos enquanto trabalham remotamente de casa. A maioria dos pais (71% Brasil, 54% EUA, 68% Reino Unido, 81% China e Índia) concorda em ter uma babá robô para ajudar seus filhos a fazer o dever de casar, aliviando a estresse relacionado à pandemia. Discordam desta posição 23% no Brasil, 39% nos EUA e 27% no Reino Unido.
Enfermeiros com tecnologia de telessaúde e IA para crianças
As ferramentas de telessaúde, inteligência e monitoramento remoto estão ajudando a enfermagem a expandir o cuidado além do monitoramento pessoal ao lado do leito, criando um enfermeiro praticamente virtual.
54% do universo entrevistado sentem-se extremamente ou muito confortáveis em deixar seus filhos sob os cuidados de um enfermeiro virtual equipado com inteligência artificial durante a hospitalização. No Brasil, 50% dos pais têm esta percepção, diferentemente de outros países (29% nos EUA, 52% no Reino Unido, 69% na Índia e 71% na China).
Robôs, desinfecção, distanciamento social e alimentação
Robôs de limpeza foram implantados durante a pandemia para várias tarefas, desde desinfetar áreas com luz ultravioleta e esfregar pisos, ajudando a manter ambientes seguros.
89% dos entrevistados globalmente têm pelo menos alguma confiança em robôs para limpar ou higienizar espaços públicos, como metrôs, estações de ônibus, aeroportos, cinemas, restaurantes e escolas. Deste universo, 44% têm total confiança.
Para minimizar a superlotação, manter o distanciamento social e ajudar a conter a disseminação do covid-19, tecnologias de sensores e aplicativos que indicam o número de pessoas em um local específico estão sendo implementados em locais públicos culturais e de entretenimento.
Globalmente, 46% dos entrevistados concordam fortemente (e 82% concordam) que confiariam na tecnologia de sensor para indicar com precisão o fluxo de pessoas dentro e fora dos espaços públicos. Só 38% concordam fortemente que frequentariam cinemas usando esta tecnologia.
Entre os países, 71% concordam que não visitariam locais como teatros até que houvesse uma ampla distribuição de uma vacina eficaz.
Para promover a saúde e a segurança, robôs autônomos falantes trabalham ao lado de garçons humanos alguns restaurantes para detectar e monitorar a distância dos clientes. Quando necessário, ambos pedem às pessoas manter o distanciamento e ficar a dois metros de distância.
48% dos entrevistados globalmente concordam fortemente que podem ouvir um funcionário humano de um restaurante pedir para manterem o distanciamento. E 41% concordam fortemente que provavelmente ouvirão este pedido de um robô.
Implantes cardíacos impressos em 3D para crianças
Durante a pandemia, a impressão 3D foi usada para criar equipamentos de proteção individual, dispositivos médicos e testes de maneira inovadora. Os pesquisadores também estão usando tecnologias de impressão 3D para desenvolver órgãos, incluindo corações que usam células humanas, colágeno e moléculas biológicas, uma vez que a disponibilidade de órgãos de doadores humanos pode significar a diferença entre a vida e a morte.
63% dos pais da geração Y em todo o mundo ficam pelo menos muito confortáveis em permitir que um coração impresso em 3D devidamente testado ou totalmente funcional seja implantado em seus filhos, se necessário, embora 11% não se sinta confortável de todo.
Cirurgia de robô para crianças e diagnósticos de bots de bate-papo
Robôs cirúrgicos movidos por inteligência artificial estão trazendo inovações e precisão para a sala de cirurgia.
Globalmente, a maioria dos pais são extremamente (29%) ou muito (31%) propensos a permitir que robôs movidos por inteligência artificial conduzam cirurgias em seus filhos.
64% estariam extremamente ou muito propensos a conversar com um chatbot baseado em inteligência artificial e reconhecimento de voz para diagnosticar seu filho doente.
Os ônibus escolares autônomos fornecem alívio universal do estresse
Em todo o mundo, as crianças estão estudando pelo ensino a distância, às vezes, combinado com o ensino presencial. Não importa o cenário, fazer malabarismos com o trabalho e transportar as crianças para a escola no horário pode ser estressante para pais e filhos. Ônibus escolares autônomos estão sendo pilotados em todo o mundo
58% dos pais em todo o mundo são extremamente ou muito propensos a permitir que seus filhos usem esse transporte para minimizar o estresse, desde que testados como seguros e com um robô zelador.
Visitação em Realidade Virtual – Hoje e Amanhã
Em todo o mundo, a covid-19 suspendeu muitas interações pessoa a pessoa, embora os sistemas de visita com realidade virtual – que criam simulações fotográficas e realistas em tempo real de encontros pessoais – tenham sido usados nas enfermarias de isolamento do covid-19, permitindo às pessoas visitar virtualmente seus familiares doentes.
85% dos entrevistados usariam a realidade virtual para visitar lares de idosos e unidades de terapia intensiva. Apenas 8% se limitariam a fazer só visitas presenciais.
Sobre o IEEE
O IEEE é a maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia para o benefício da humanidade. Através de suas publicações amplamente citadas, congressos, normas de tecnologia e atividades profissionais e educacionais, o IEEE é a voz da confiança em uma ampla variedade de áreas, desde sistemas aeroespaciais, computadores e telecomunicações até engenharia biomédica, energia elétrica e eletrônicos de consumo. Saiba mais em http://www.ieee.org.