Para maior organização mundial técnico-profissional dedicada a avanços tecnológicos para benefício da humanidade,ferramentas analíticas, técnicas para aumentar segurança de dispositivos e proteção de dados são os principais desafios
A intensificação de ameaças aos sistemas digitais, tanto em volume como sofisticação, traz novos desafios para a segurança digital, na opinião de Raul Colcher, membro sênior do IEEE e CEO da consultoria Questera. E quais seriam os principais desafios para nossa proteção?
Desenvolver sistemas e medidas que sejam eficientes, preventivos e automatizados, sendo assim capazes de aumentar os custos e as dificuldades dos ciberataques, além de identificar e punir os criminosos que usam esta tecnologia.
Ações conjuntas de governos para desencorajar e punir essas atividades criminosas que se tornam cada vez mais globalizadas. É um grande desafio para governos que já estão incorporando ferramentas tecnológicas em seus sistemas de defesa militar.
E, para garantir a cibersegurança, quais seriam as três inovações mais importantes?
Ferramentas para analisar dados científicos/analíticos estão ganhando grande importância, justamente pela necessidade de adotar medidas que antecipem a segurança antes da ocorrência de ataques.
Adotar técnicas específicas para implementar a capacidade de segurança de dispositivos como sensores e atuadores, no contexto de comunicação máquina-a-máquina, sem a participação humana, ou da IoT também será uma tendência importante.
A proteção de dados será uma área de inovação vital, ao desenvolver tecnologias que identifiquem e desenvolvam processos mais eficientes, rápidos e inteligentes de criptografia/descriptografia.
Na opinião do especialista do IEEE, as áreas de saúde e finanças, ao lado de defesa e outras atividades governamentais, serão as maiores beneficiadas com esses avanços da cibersegurança. Em curto prazo, veremos grande avanços na implementação de segurança em grandes networks industriais que usam a interconexão de equipamentos e processos de softwares – as chamadas “aplicações industriais 4.0”.
Colcher prevê ainda que o blockchain terá grande impacto na segurança de todos os sistemas de aplicativos distribuídos, sobretudo nas áreas de finanças e saúde. Impacto semelhante terão as criptomoedas, que tornaram possível o blockchain e vem se tornando comuns em todos os tipos de transações financeiras. Sua massificação contribuirá para implementar novos padrões e regulações, que ajudarão na melhoria das técnicas de segurança, além de melhoras as práticas financeiras.
Concluindo, o membro do IEEE destaca que, não importa o quão rápido as novas tecnologias de segurança cibernética sejam introduzidas, em curto prazo a segurança cibernética pessoal e corporativa dependerão ainda de aspectos comportamentais e boas práticas, para as quais informações e educação adequadas continuam a ser fundamentais.
Sobre a IEEE
IEEE é a maior organização mundial técnico-profissional dedicada a avanços tecnológicos para benefício da humanidade. Por meio das suas publicações altamente citadas, conferências, padrões de tecnologia e atividades profissionais e educacionais, IEEE é a voz de confiança numa ampla variedade de áreas da engenharia, desde de sistemas aeroespaciais, computadores e telecomunicações até engenharia biomédica, energia elétrica e eletroeletrônica de consumo. Saiba mais em http://www.ieee.org.