Sintomas, como olhos vermelhos, costumam ser confundidos com conjuntivite. Uveíte afeta 1 em 4.500 pessoas e é mais comum entre os 20 e 60 anos.
Olhos vermelhos, sensibilidade à luz e lacrimejamento são comumente ligados à conjuntivite. No entanto, podem ser sintomas de uma doença mais preocupante, a uveíte, inflamação na úvea (camada interna do olho envolvida em todo o mecanismo da visão) que se não for tratada precocemente pode levar à cegueira.
“Os sintomas podem ser parecidos, mas geralmente as conjuntivites não apresentam alterações da função visual”, explica o oftalmologista Tiago Arantes, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Uveítes.
Segundo o especialista, os sintomas da uveíte são frequentemente inespecíficos, dependendo da localização do foco da inflamação, o que leva à confusão com a conjuntivite. “Por isso torna-se essencial a avaliação pelo oftalmologista quando esses sintomas são persistentes ou recorrentes, especialmente se estiverem associados a alterações visuais como borramento ou diminuição da visão e alterações no campo visual.”
Estatísticas globais mostram que a Uveíte é a terceira principal causa mundial da cegueira em todo o mundo. Afeta aproximadamente 1 em 4.500 pessoas e é mais comum entre as idades de 20 a 60 anos, sendo homens e mulheres acometidos igualmente.
Tratamento individualizado. “Uma vez que as uveítes podem ter causas diversas, não existem recomendações universais de tratamento. A terapia deve ser individualizada, já que existem uveítes infecciosas e não infecciosas. Além disso, dependendo da região acometida do olho, o tratamento pode ser feito com colírios, medicações sistêmicas ou terapias intraoculares”, afirma Dr. Thiago Arantes. “O mais importante para o sucesso do tratamento continua sendo o diagnóstico e a instituição da terapia já nas fases iniciais da doença, evitando complicações e sequelas visuais para o paciente”, enfatiza.
Para tratamento de uveíte intermediária não infecciosa, posterior ou pan-uveíte, novas terapias fazem parte do ROL de tratamentos cobertos pelos planos de saúde privados, desde abril de 2021. Mais informações estão disponíveis no site da ANS.