Esforços para aumentar proteção de informações de clientes e evitar prejuízos incluem investimento maior e planejamento estratégico
A proteção de dados tem se tornado uma preocupação cada vez maior tanto das empresas quanto da população em geral, conforme casos de vazamentos, golpes e roubos se tornam mais comuns. Entretanto, as companhias ainda precisam investir mais, e melhor, nessa área, na visão do country manager no Brasil da Netscout, Geraldo Guazzelli.
Ele pontua ainda que, atualmente, o fornecimento de uma infraestrutura adequada para os serviços prestados por uma empresa demanda também a atuação de diferentes departamentos dentro do um negócio, o que gera a necessidade de uma “visão geral e uma liderança voltada à integração destas diversas áreas na gestão do negócio e na garantia da segurança dos dados”.
Por mais que esses elementos sejam necessários, Guazzelli observa que essa estrutura resulta em custos e investimentos constantes, formando uma equação que precisa ser “bem gerenciada” para evitar brechas e possíveis ameaças. “Visibilidade atualmente representa a ferramenta básica para gerir este ecossistema de maneira técnica, objetiva e eficiente também do ponto de vista de investimentos e custos”.
Outro ponto que o executivo destaca é que os investimentos não são, necessariamente, aquisições e gastos. Ele pontua que, hoje, muitas empresas não “investem” em planejamento estratégico, ou seja, não sabem como vão usar os dados, qual o seu objetivo com ele e como ocorrerá a gestão dessas informações.
Esse “investimento”, observa o executivo, “vai desde pessoas capacitadas a gerir os diversos segmentos de Network, IT e Security, até a definição de uma composição de soluções necessárias que garantam disponibilidade, integração e segurança”.
Guazzelli destaca que os esforços para gerir e proteger bem os dados de uma empresa não são importantes apenas do ponto de vista reputacional, mas também financeiro. Eventos como ataques hackers para vazamento de informações “tem implicações diretas na interrupção dos serviços, imagem e credibilidade da empresa afetada, processos legais e outros fatores que afetam não apenas a perda de receita imediata, mas também trazem custos altíssimos legais e de marketing para recuperação da mesma por anos”.
“A tecnologia vem avançando consideravelmente neste aspecto, com soluções que buscam atuar preventivamente. Depois da ocorrência do fato, o custo para se recompor é consideravelmente maior que o investimento na proteção”, destaca o executivo.
LGPD e inteligência artificial
Do ponto de vista jurídico, as empresas no Brasil são obrigadas legalmente a investir e trabalhar na gestão e proteção de dados dos seus clientes, graças à chamada Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Guazzelli pontua que o mecanismo é “apenas um aspecto do processo de maturidade que o mercado requer, tendo em vista a digitalização dos serviços e processos produtivos em geral”.
“Este nível de maturidade trouxe ainda mais visibilidade ao tema e a necessidade de adequação imediata com investimentos em mais tecnologia, o que é um fator importantíssimo e positivo”, diz. Nesse sentido, ele considera que a área de tecnologia da informação (TI) de uma empresa “precisa ser tratado como parte do negócio e não como acessório à operação”.
“Esse conceito leva às demais divisões da empresa à conscientização da sua importância, o valor dos investimentos requeridos e quebra aquela máxima do CFO ou do responsável legal de que ‘trata-se de despesas, portanto vamos rever’ Algumas empresas, com uma visão mais abrangente e focadas em uma atuação mais social, já tem suas divisões de compliance e ESG integradas neste conceito”, observa o executivo da Netscout.
Junto com os desafios de gestão e proteção de dados e adequação à LGPD, as empresas vêm precisando lidar, também, com novidades que começam a ganhar espaço no mercado. E a mais popular no momento é a inteligência artificial, uma tecnologia que se baseia na análise de quantidades massivas de dados para a criação de modelos de resposta e ação.
Para Guazzelli, essa tecnologia e as soluções prática que ela pode trazer “ainda em um estágio de elaboração bastante técnico, porém sua popularização e uso serão distribuídos ao longo de toda a cadeia digital” das empresas daqui a alguns anos.
Nesse sentido, ele acredita que “fatores eminentemente humanos como nossa capacidade de avaliar, estudar, discernir fatos, são muito importantes na classificação do uso destas tecnologias. Porém, uma maior maturidade da legislação e da regulamentação são fatores que devem ser discutidos na sociedade de maneira incisiva para o melhor uso possível da tecnologia”.
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