Exames de mamografia foram feitos em servidoras e reeducandas.
Prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de mama. Esses são os objetivos da Campanha de Mamografia para presas do sistema penitenciário feita por meio de uma parceria entres as secretarias da Administração Penitenciária (SAP) e de Estado da Saúde. As ações de prevenção são atividades recorrentes e contam com atendimentos médicos de rotina, além da realização de campanhas específicas
Nesse contexto, a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Américas Amigas promoveu atendimentos no período de 3 a 7 de junho na cidade de São Paulo. A carreta, com equipamentos de ponta, foi instalada no estacionamento da Base de Escolta da Região Metropolitana e atendeu 343 reclusas das penitenciárias Feminina Sant’Ana (PFS) e da Capital (PFC), além do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Franco da Rocha e Centro de Progressão Penitenciária (CPP) Feminino de São Miguel Paulista. O atendimento foi estendido igualmente às servidoras, num total de 41.
O critério para a seleção das candidatas para o exame levou em consideração as mulheres com idade igual ou superior a 40 anos e que não realizaram o exame de mamografia nos últimos 12 meses. Paralelamente, aquelas com idade a partir dos 39 anos que têm histórico de câncer de mama na família ou com indicação médica, também estiveram “elegíveis” para a realização do atendimento.
Importância da ação:
Segundo a diretora do Grupo de Planejamento e Gestão de Atenção à Saúde da População Prisional (GPGASPP) da Coordenadoria de Saúde do Sistema Penitenciário (CSSP), Simone Pacheco Gomide da Silva, os dados da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) indicam que, até 2025, estão previstos 74 mil novos casos de câncer de mama por ano no Brasil. Por essa razão, a entidade recomenda a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, visando o diagnóstico precoce e a redução da mortalidade.
De acordo com Simone, a partir desse cenário, o exame das mamas passa a figurar como principal aliado no controle do câncer. “O procedimento contribui para a redução da mortalidade pela doença, pela redução de traumas físicos e pelo maior índice de sobrevida às pacientes, pois ele revela a presença de tumores malignos em estágios ainda assintomáticos, o que agiliza o início do tratamento e favorece o prognóstico”, explicou. Em complemento, a dirigente relatou que a CSSP busca alternativas de garantir o acesso da população encarcerada à saúde e às campanhas de mamografia.
A diretora do Centro de Qualidade de Vida e Saúde do Servidor (CQVIDASS) da Região Metropolitana, Joelma Aparecida dos Santos, acredita que a ação contra o câncer não só promove a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, como também oferece um suporte acessível e essencial às servidoras e também às privadas de liberdade. “O impacto positivo dessa campanha reforça o compromisso com a saúde e o bem-estar de todas as mulheres envolvidas”, afirmou.
Agradecimentos:
As funcionárias do sistema penitenciário da região metropolitana de São Paulo ficaram gratas pela Campanha de Mamografia. Um bom exemplo vem da Agente de Segurança Penitenciária (ASP) A.R, que considerou a ação de grande ajuda. Segundo ela, a iniciativa coloca na rotina corrida da servidora da SAP a lembrança dos exames periódicos tão importantes para a detecção do câncer de mama de forma precoce.
Edvanete Bordim, ASP, classificou o projeto como digno de elogios. Para ela, a atitude da Coordenadoria tem grande importância, principalmente por levar a mulher a cuidar da sua saúde de forma preventiva. O desejo dela é que as servidoras em geral tenham consciência de que o exame é simples, necessário e que traz qualidade de vida.
A Auxiliar de Enfermagem Neli Leal também aprovou a ação. Para ela, poder fazer a mamografia por meio dessa iniciativa foi algo que simplificou o processo de atendimento médico e diagnóstico preciso.
As privadas de liberdade que apresentaram alterações nos resultados dos exames, feitos na Campanha de Mamografia ocorrida no mês de junho, estão sob os cuidados do Ambulatório de Mastologia do Hospital do Mandaqui e da Rede Hebe Camargo de Oncologia, conforme grau de complexidade.
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