As tecnologias Data Science e Big Data estão sendo cada vez mais utilizadas para melhorias no processo industrial e na preparação para datas sazonais como Páscoa, Black Friday ou Natal, acredita Gabriel Gomes de Oliveira, membro IEEE – (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.
Para a indústria, significa identificar comportamentos, adotar as melhores métricas a serem utilizadas. Para o consumidor, oferece praticidade, segurança, e facilidade de alcance de seu principal objetivo: a compra de um produto de desejo, sem sair de sua residência. Em datas sazonais e importantes do varejo, como Black Friday, afirma Gabriel Gomes de Oliveira, membro do IEEE – (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), maior organização profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, e pesquisador do CTI – (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer), a tecnologia de Inteligência da Dados pode contribuir e interferir no momento da compra. O conceito da indústria 4.0, que utiliza os dados da própria indústria para poder melhorar e qualificar o processo industrial, tem tornado “a inteligência de dados algo essencial para que uma linha de produção seja mais eficiente, oferecendo soluções inovadoras a partir de informações e análise”, afirma. “Atualmente, inúmeras vertentes de inteligência de dados podem ser utilizadas dentro das indústrias, já que existem processos industriais de diferentes gêneros e aspectos. O primeiro passo é identificar comportamentos, e, a partir daí, adotar as melhores métricas de acordo com cada situação,” e isto inclui outras datas além da Black Friday, como a Páscoa e o Natal.
Assim, as tecnologias Data Science e Big Data podem ajudar as empresas a se prepararem para os momentos mais importantes do ano em cada setor, identificando o comportamento dos consumidores ao longo dos mesmos períodos nos últimos anos. “Normalmente em períodos de festas, finais de ano, Black Friday, Cyber Monday, existe um consumo maior, até mesmo pela liberação do 13º salário, o que leva muitas indústrias a fazerem novas contratações, para conseguirem lidar com a produção maior que aquele momento exige,” diz Gabriel Gomes de Oliveira.
Segundo o especialista, “é fundamental analisar quais foram as tendências dos últimos 3, 5 ou 10 anos, para entender qual é o comportamento do seu público e do seu mercado, em qual região o produto vende mais e em que momento. Assim é possível planejar todos os aspectos da produção, desde a matéria-prima até a locomoção e o local de armazenamento adequado, para produtos com baixa durabilidade.”
Com estes dados em mãos, incluindo o cálculo de horas extras para eventuais funcionários sazonais, é possível aprimorar processos, adicionar tecnologias inovadoras ou fazer aportes financeiros maiores em determinados momentos. Para Gabriel Gomes de Oliveira, isto pode “se refletir em ganhos, tanto competitivos, na disputa direta com outras empresas do mesmo setor, ou até mesmo para diminuir os eventuais prejuízos.”
Para o consumidor, o importante é “comprar um produto com as especificações desejadas, de forma segura e com a certeza de alcançar o melhor preço, e isto fica mais evidente na Black Friday, na qual não há tempo a perder, afinal muitos produtos são limitados”. O especialista conclui com um conhecido ditado popular: “Tempo é dinheiro”.
Assim como os avanços, o aspecto ético da IA também precisa ser discutido
Gabriel Gomes de Oliveira acredita que “a Inteligência Artificial já é uma realidade, e suas ferramentas estão sendo amplamente discutidas”, mas lembra que “a IA não existiria sem as tecnologias de Data Science e Big Data, que são a base para que ela possa funcionar adequadamente, assim como as tecnologias de Machine Learning e Deep Learning.”
O especialista diz ainda que as organizações devem seguir investindo na tecnologia de inteligência artificial, que “tem como intuito trazer ganhos para a população, para o ser humano. É importante usufruir da IA, e os ganhos serão imensos, desde educação, segurança, mobilidade, entre outros aspectos, atingindo todos os pilares em uma sociedade.” Para Oliveira, existe também a necessidade de discutir o aspecto ético na aplicação das tecnologias de inteligência de dados. Segundo o especialista, “a tecnologia veio para ficar e para automatizar, mas quem sempre acaba prejudicado é a população mais vulnerável, que pode perder empregos e oportunidades. Assim, é preciso termos uma divisão entre tecnologia e a ética, ou seja, seus efeitos sobre a população”.
“Nós temos como intuito trazer tecnologia de uma forma sustentada, assim as cidades inteligentes precisam ser sustentáveis, mas primeiro é preciso pensar no ecossistema, no meio ambiente e no indivíduo, aplicando as tecnologias em prol da pessoa, do ser humano. A IA precisa ser aplicada de uma forma que possa trazer benefícios a todos nós,” concluiu o especialista.